quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Novo medicamento para lúpus deve ser disponibilizado pelo SUS em todo o Estado de Belo Horizonte (Micofenolato de Mofetila)

Novo medicamento para lúpus deve ser disponibilizado pelo SUS em todo o

                 Estado de Belo Horizonte 

               (Micofenolato de Mofetila) 

 A Justiça determinou que o Estado disponibilize o medicamento para o tratamento do lúpus eritematoso sistêmico para todos os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) portadores da doença. A decisão é da juíza da 2ª Vara da Fazenda Estadual de Belo Horizonte, Lílian Maciel Santos. A medida foi estabelecida numa ação civil pública proposta pelo Ministério Público (MP).

Segundo o MP, o medicamento micofenolato de mofetila não é disponibilizado nas unidades de saúde e vários usuários do SUS têm procurado ajuda na Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde para prosseguir com o tratamento da patologia. O órgão argumentou que o serviço de reumatologia do Hospital das Clínicas da UFMG remeteu ao órgão uma nota técnica atestando que o medicamento, além de mais seguro e efetivo, apresenta menos efeitos colaterais do que um outro tratamento tradicionalmente utilizado.
 
O Estado alegou que já existe um programa público de saúde específico para o tratamento dos portadores de lúpus e que os medicamentos atualmente fornecidos foram escolhidos a partir de estudos feitos por especialistas. Alertou que o micofenolato de mofetila pode expor os pacientes a riscos desconhecidos, pois não possui indicação de bula para o tratamento da doença e não há autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o seu..
 
A juíza afirmou que, apesar da eficácia do medicamento já disponibilizado pelo SUS, deve ser levado em conta que ele não atende a todos os pacientes, já que segundo o Hospital das Clínicas: dos 450 pacientes portadores da doença, 60% têm nefrite e 30% não respondem ao tratamento com a medicação. 
 
Santos ressaltou que há depoimento médico declarando que o novo medicamento já foi alternativo, mas atualmente é utilizado mundialmente, sendo o primeiro a ser prescrito. De acordo com o depoimento, o Estado só chega a disponibilizar o novo medicamento quando o paciente já perdeu a função renal, mas deveria disponibilizá-lo preventivamente, para evitar que o paciente chegue a esse estado grave. Para ela, o argumento de que o remédio não possui indicação prevista em bula para o tratamento acaba sendo uma solução “simplista”, já que a doença afeta diretamente os rins e, para essa situação, o medicamento já é indicado.
 
“A frágil alegação de que o medicamento não consta em bula para o tratamento específico e que estão sendo realizados estudos, é muito pouco para que o direto à saúde e à vida digna de vários portadores da doença lúpus sejam relegados”, concluiu. Ela ainda acrescentou que, ao ser disponibilizado o novo medicamento pela rede pública, caberá ao médico verificar o tratamento mais adequado à situação de cada paciente.
 
 


2 comentários:

  1. Espero que essa ação seja estendida em todo o País, pois quando se trata de uma enfermidade e que se tem a chance de curar ou amenizar, acho que os Governantes tem que pensar no bem estar da população, pois somos nós que colocamos eles no PODER.

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir